quinta-feira, 15 de abril de 2010

Corrida na terceira idade

Veja dicas de especialistas e entenda como deve ser feita a atividade para quem já passou dos sessenta


Por Maurício Belfante

Depois de alguns anos, quando a idade chega, algumas coisas no corpo tendem a mudar com relação à juventude, e os cuidados com o bem-estar físico e mental são ainda mais necessários. A realização de exercícios físicos, desta forma, se torna essencial, tanto para reforçar a parte muscular e óssea quanto para deixar a mente sã para novos anos de vida.

Porém, como quase tudo relativo à terceira idade, a evolução nos esportes também deve acontecer com amadurecimento e sabedoria, nunca almejando fatos além da capacidade atual ou na qual o corpo não o permita. Então, para que tudo ocorra bem, é de extrema importância que o indivíduo realize exames periódicos com um médico, que irá avaliar a potência do seu corpo e qual carga ele pode suportar.

Logo após completar essa etapa, é altamente recomendável a procura de um profissional do esporte, que auxiliará o atleta durante o exercício. “É importante a presença de um profissional, pois ele é o único que pode dar o suporte necessário ao corredor idoso em qualquer situação”, diz Rodrigo Lobo, diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva.

Com calma se vai longe
Três aspectos da corrida, que são importantes para qualquer atleta, ganham ainda mais destaque para corredores que já passaram dos sessenta. São eles: o volume, que é a quantidade de quilômetros treinados, a intensidade, relativo à força exercida pelo atleta durante as passadas, e a frequência de treinamento, que varia de acordo com a disponibilidade semanal do indivíduo.

Esses três itens variam de acordo com o físico de cada pessoa. Porém, Lobo afirma que é possível ter uma ideia da média de treinamento semanal relativo à esta idade. “É necessário para o idoso realizar treinos de corrida no máximo quatro vezes por semana, com o tempo de 30 minutos, em uma frequência moderada ou leve”, afirma.

Uma das principais virtudes da melhor idade é saber utilizar a calma e a paciência adquiridas ao longo da vida. Desta forma, não deixar a afobação tomar conta durante a corrida é o mais indicado, já que a pressa excessiva pode afetar o corpo do indivíduo, causando até mesmo algumas lesões.

“O idoso tem que pensar na saúde em primeiro lugar e, por vezes, até esquecer um pouco sua performance na corrida, pois a melhor maneira de manter uma boa saúde é realizando o que está no seu parâmetro”, alerta o fisiologista Raúl Santos de Oliveira.

Prazer pela saúde
Para conseguir elevar a saúde não basta apenas seguir rigidamente os treinamentos ou levar o exercício físico muito a sério. O idoso deve fazer com que a prática da corrida se torne para ele algo prazeroso, já que, quanto mais gosto tiver pelo que faz, mais bem realizada e mais consequências positivas ela trará.

Feita de forma consciente e respeitando os limites impostos pela idade, a corrida só trará benefícios para o atleta. A prática do esporte pode influenciar nos seguintes aspectos:

• Melhora na pressão arterial;
• Melhor autonomia física e mental;
• Menos estresse;
• Menor peso e, consequentemente, menor sobrecarga na coluna e articulações;
• Manutenção óssea e muscular;
• Perda de peso;
• Regulação do sono e do sistema digestivo;
• Melhor controle do diabetes.

Uma caminhada, aliada com alimentação balanceada, pode ser uma boa pedida para ajudar na evolução dos esportistas da “melhor idade”. É importante, entretanto, que o esporte seja executado de maneira correta. Fatores como vestimenta adequada, boa hidratação antes, durante e depois do exercício, evitar lugares poluídos e não correr em jejum só trarão benefícios.

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